Henri Cartier-Bresson, Rue Mouffetard, 1954
Henri Cartier-Bresson
Rue Mouffetard, Paris, 1954

PS: I’ve upload some of the photos I’ve scanned last friday. Check them here.


O autocarro soluçava no meio do trânsito à pelo menos umas duas horas. Quem ainda não tinha adormecido com o relato da bola, ia como eu, entretido a ler ou a olhar a paisagem distorcida pela chuva lânguida no vidro da janela; talvez a pensar na morte da bezerra ou do cordeiro ou do potro. Sim, porque havia tempo para tudo naquela viagem: o trânsito estava adormecido e sem vontade de ir a lado algum.
O sol, esse, já tinha picado o ponto e ido para casa… É sempre a mesma coisa. A continuar assim alguém vai ter que se queixar ao encarregado: cada vez sai mais cedo e deixa mais trabalho por fazer na bancada. Sempre quero ver que desculpas vai arranjar desta vez. Bom, adiante.
No banco da frente, um puto ensinava à mãe quem era o son goku e o vegeta ilustrando-os nas gotículas do vidro quando, de repente, da parte da frente do autocarro vieram gritos. Meio autocarro levantou-se e a outra metade esticou o pescoço.
O motivo do alarido parecia ser o homem que estava parado no fundo do corredor. Alto, maçudo, dava-lhe aí uns 50 anos. Mais não, pareceu-me que já tinha demasiados. Vestia um boné do euro e uma t-shirt da nike. Numa mão, segurava um saco do feira-nova e na outra um revólver. Lamento, mas não lembro da marca deste.
Pelo jeito da coisa, ele não queria apenas uma moedinha e todos já tinham entendido isso porque o saco já começava a encher e ele vinha em direcção do fundo do autocarro. Eu precisava de formular um plano mais rápido que a subscrição de crédito por telefone. Olhei à volta. No banco do lado um homem ainda com o Jornal de Notícias na mão olhava para mim e acenou-me com a cabeça ao que eu retribuí instintivamente. Como não o conhecia de lado nenhum, deduzi pouco depois que não se tratava de um cumprimento e que o meu pedido de crédito tinha sido aprovado. Perdão, o plano. O plano tinha sido formulado. Ficámos à espera.
Assim que o saco do feira-nova me foi mostrado, o homem do jornal levantou-se e aproximou-se por detrás do larápio. Mais um segundo e tudo estaria terminado quando de repente um berro veio do banco detrás.
Golo! Gooollo! Tomai lá que é para aprenderem!” – Acordei. Estremunhado, virei-me para trás e esbocei qualquer coisa que pretendia ser um sorriso. No banco do lado, uma senhora grávida ressonava enquanto que lá fora continuava a mesma chuva frouxa – “Mais 10 minutos, Paulo. Mais 10 minutos”.


About 128-bit encryption keys:

Complexities are expressed as orders of magnitude. If an algorithm has a processing complexity of 2128, then 2128 operations are required to break the algorithm. (These operations may be complex and time-consuming).
Still, if you assume that you have enough computing speed to perform a million operations every second and you set a million parallel processors against the task, it will still take over 109 years to recover the key. That’s a billion times the age of the universe.

from this cryptography book.

Impressive? Yes. But there’s a flaw on this theory: technology is not constant over time. More processing power together with brains writting more efficient cracking algorithms is all that will take to get 128-bit keys breakable during my life time. And that’s what I call impressive.


While I was in Utrecht, Kuba had the unfortunate idea of trusting his room keys with Rob, when he went home for Christmas holidays. Of course Rob wouldn’t let that pass by. And so wouldn’t we, :P.
I can’t imagine Kuba’s face when he arrived from Poland at 5am after a 30 hour bus ride and entered the room to find all his items in a single square meter column in the center of the room. And I really mean all of his room items, from his bed to his desk and bicycle: everything got piled up carefully, lego-like, and – this is quite important – tied up with toilet paper.

Do you think that was a cool prank? Try this one. (via meia de leite).

And last, but not least, duct tape wall tapings: get a friend, some meters of duck tape and then… duct tape your friend to a wall. Or ceiling. Whichever makes more sense. Or less.


Get some PHP documentation. Add time and patience q.b.. With a flashlight, poke for bugs for some days and finally attach everything together with some duck tape. The outcome might very well be something nice. Or maybe not.
Either way, here it is. A new design and structure to my homepage. This time with a shinny new domain and containing a weblog. It took me quite a while to put this one up and running although most of the time was spent taming some of the IE esoteric features (a.k.a. bugs): believe me, it was quite an adventure.

The photo section is still work in progress: I need to scan some photos asap and then I’ll decide exactly what to do about it. Meanwhile, I’ve uploaded some photos to a flickr account which, btw, is a quite nice way to share photos online. Their flash organizr-thingy makes the creation of photo albums an extremely easy task.

The big news about this new structure is obviously the blog. Older posts than this one were imported from my livejournal which now permanently moved to here. For the ones who followed me there, the only changes will be in format: now, posts will swing between English and Portuguese according to topic or mood. I hope that my English will be up to it.